A pandemia trouxe impactos em todos os setores da sociedade e evidenciou o trabalho dos profissionais de saúde que foram os  principais responsáveis por tentar frear a doença. 

Em todo o mundo, milhares de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre tantos profissionais de saúde constituíram um verdadeiro exército para salvar a população. E o cenário era um dos piores, uma doença desconhecida que gerou uma contaminação global e que não tinha qualquer tipo de imunizante capaz de reduzir o contágio e evitar mortes. A única chance de não adoecer foi por meio do isolamento social e das medidas de prevenção sanitária e, ainda assim, milhares de pessoas morreram vítimas da covid-19, e milhares tiveram graves sequelas deixadas pela doença. 

Hospitais e clínicas lotados, alguns sem a estrutura básica para enfrentar uma doença letal com alto índice de contágio. Resultado: muitos profissionais de saúde com adoecimento mental que afeta a qualidade do atendimento médico e a vida pessoal deles também.  Médicos e enfermeiros com síndrome de Burnout passaram a figurar no plantão de emergência e na realidade de uma sociedade pandêmica.

Burnout: quem cuida da saúde mental dos profissionais de saúde?

A síndrome de Burnout pode atingir profissionais de qualquer área, mas em um cenário incomum como o da pandemia, os mais afetados foram aqueles que estão há dois anos na linha de frente de combate à covid-19. 

Atenta a este cenário, a Unifesp realizou uma pesquisa com 301 médicos que atuam na rede pública ou privada do Estado de São Paulo. E os sintomas do Burnout foram citados pelos entrevistados: irritabilidade, afastamento social, fadiga crônica, impaciência, inabilidade de dialogar, diminuição do apetite sexual e perda do prazer em viver. Pelo menos 1 a cada 7 médicos sofreu com o Burnout nesses dois anos de pandemia.  Os profissionais mais acometidos pelo Burnout têm menos de 15 anos de atuação na saúde, fator que indica que aqueles com mais experiência possuem mais condições emocionais para lidar com um cenário de saúde caótico. 

O perfil dos médicos que participaram da pesquisa indica que 67% atuam em hospitais, 39% em unidades de emergência, 20%, em ambulatórios, 11%, em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), 38%, em Unidades Básicas de Saúde e 22%, em clínicas. Outro fator que chamou a atenção e contribui para maior incidência do Burnout é que 53% dos médicos trabalham em mais de um estabelecimento de saúde. 

O estudo da Unifesp ocorreu no início da pandemia em 2020 e em 2021 quando a possibilidade de vacinação da população ainda era incerta, o que não ameniza o alto índice de adoecimento mental que os profissionais de saúde têm vivenciado no Brasil. 

Se você já sofre com o Burnout, traga para sua vida atitudes que vão ajudar a diminuir os impactos da síndrome e permitir que você tenha mais bem-estar mental e físico para enfrentar a realidade do trabalho na área médica. 

Algumas mudanças simples, trarão resultados significativos para a sua saúde mental: 

  • Planeje seu tempo de modo a ter boas noites de sono, trabalho e momentos destinados à atividade física e lazer;
  • Tenha objetivos claros e reais para sua vida profissional e pessoal;
  • Se comprometa apenas com o trabalho que você será capaz de realizar sem se sobrecarregar;
  • Aprenda a delegar funções e dividir o trabalho em equipe;
  • Tenha períodos de descanso para se desconectar do trabalho e preservar sua saúde;
  • Faça atividades físicas regularmente. Quem cuida da saúde de outras pessoas também precisa estar bem. 

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